Eu assisti Only You com os 2 pés atrás.
O romance inglês tem 100% de aprovação no rotten tomatoes, o site onde eu sempre dou uma pesquisada sobre filmes que não tenho tanta informação. 100% é quase impossível e isso me deixou mais cético ainda.
Lá fui eu ver a “história de amor realista” entre Elena e Jake, que se conhecem na noite de ano novo tentando pegar um taxi no meio da rua.
Ao invés de brigarem eles dividem o taxi, a cama e logo resolvem morar juntos, porque se apaixonaram de cara.
À medida que o filme vai se desenvolvendo eu vou vendo que sim, é mesmo uma história de amor realista, sem muito floreio, sem muita frescura entre os 2, diferente dos mares de rosas que vemos em comédias românticas.
Em Only You, os 2 tem problemas, trabalham, discutem, se beijam, transam e quando menos esperam já estão planejando ter um filho.
E aí cai o mundo dos dois porque Elena não consegue engravidar tão facilmente.
O roteiro do também diretor Harry Wootliff é de uma sutileza de ter me deixado embasbacado.
Eu sinceramente achei que o filme seria uma bobagem qualquer, onde nada demais aconteceria e o dia a dia do casal me cansaria como qualquer rotina que eu não preciso mais ter na minha vida.
Mas Wootliff é bom.
Escreve bem demais, cria situaçães ótimas e o melhor, é um ótimo diretor de ator.
Elena e Jake, vividos pela espanhola Laia Costa (de Victoria) e pelo inglês Josh O’Connor (o fofo de God’s Own Country), parecem ser nossos amigos íntimos, de tanto que a gente conhece o casal.
Não sou muito de babar em drama de casal, mas Only You é um talvez sobrinho neto do Bergman e de seus dramas densos que parecem serem filmes bobos e que nos arrebatam quando menos esperamos.
NOTA: 1/2