Como é bom assistir documentário bem feito sobre alguém tão extraordinário e descobrir mais histórias mais extraordinárias ainda.
Cecil Beaton foi um artista inglês que, segundo ele mesmo no início do filme, não sabe se classificar como fotógrafo, designer, escritor, diretor de arte ou outra de suas várias funções artísticas durante sua vida.
O que todo mundo concorda a seu respeito é que ele foi um dândi, um homem da renascença, que fazia de tudo e fazia tudo muito bem feito.
Ele foi fotógrafo de guerra durante a Segunda Guerra Mundial e mesmo no front, conseguiu imprimir o seu olhar gay ao esperado horror da guerra.
Ele foi por anos colaborador da Vogue americana e inglesa como fotógrafo, ilustrador, diretor de arte, redator e foi mandado embora quando fez uma piada (que ele nega) anti semita em uma revista de um grupo judeu, quando Hitler já estava dando o que falar.
Ele foi fotógrafo da família real inglesa por anos, começando uma relação duradoura com a Rainha Elizabeth e fotografando inclusive o lado “rebelde” da família, o casal formado pelo Rei que largou o trono pela esposa americana e mesmo assim continuar uma relação boa com a soberana.
Ele criou toda a direção de arte e figurinos e maquiagem de My Fair Lady e ganhou 2 Oscars pelo filme, mesmo tendo tretado radicalmente com o diretor George Cuckor durante as filmagens.
Ele foi o cara que levou o Dali pras páginas de revista, fez figurino pro balé russo de Diaghilev.
E o maior de seus feitos, provavelmente: foi amante de Greta Garbo.
Se você de alguma forma gosta de cultura do século 20, de cinema, moda, fotografia, balé, do belo, Love, Cecil é obrigatório.
NOTA: