Regra 1 do novo cinema francês: se é filme com o fofo do Vincent Lacoste, assistimos sem nem pestanejar.
Até porque se pestanejasse, nunca que eu assistiria um filme sobre 1 ano na vida de dois caras fazendo cursinho pra entrar na faculdade de medicina.
E o filme é isso: eles estudam o. tempo. inteiro.
Só que com uns detalhes, claro.
Um deles, vivido pelo Vincent, é um “repetente” do vestibular, quer dizer, 1 ano antes ele não conseguiu os pontos suficientes para entrar em Medicina, que é sua única opção.
Na França você faz uma prova e se classifica a partir de sua nota.
Daí todo mundo que fez a prova é chamado num mesmo auditório gigantesco onde um por um são chamados ao palco para escolherem qualq faculdade vão cursar.
Se você tiver sorte e uma classificação boa, você entra onde quiser, o que não foi o caso do fofo.
Daí ele começa tudo de ano no próximo ano letivo, estudando o tempo todo, sem folga, sem dormir, sem comer, se jogando mesmo.
E fica amigo (de estudos, claro) de Benjamin, um cara que vai prestar a prova pela primeira vez e que também quer estudar medicina.
O estudo os aproxima de uma forma bizarra e Primeiro Ano acaba por ser o filme mais gay de 2019 sem sê-lo.
A relação dos 2 amigos, a intimidade dos 2 é tão profunda que parece que eles são casados há anos.
E não, tarades do meu blog, não tem beijo, não tem pegação, não tem nem insinuação de nada.
Os caras só estudam mesmo.
Mas são íntimos. Muito.
E não adianta falar de broderagem nem de nada parecido, o filme só mostra o quanto a situação mais adversa possível pode aproximar intimamente 2 pessoas em níveis não esperados.
O filme é isso, não tem nada demais, nenhum arroubo de genialidade, mas tem 2 ótimos atores principais vivendo esses personagens bem noiados e tem um final bem surpreendente.
Em ano de Booksmart – Fora de Série, você tem que fazer um filme muito bom sobre estudantes pra se destacar.
NOTA: