O Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som (GEMInIS) convida a todos para o evento de lançamento da nova edição do periódico online semestral da Revista GEMInIS ano 7 n.1. O evento ocorrerá no dia 05 de julho (terça-feira), às 19h, no Mandala Chopp – Av. Trabalhador São Carlense, 2030.
A nova edição da Revista GEMInIS estará disponível no website do periódico (www.revistageminis.ufscar.br) a partir do dia 05 de julho.
Em sua décima segunda edição, a revista traz como dossiê “Fãs, ativismo e redes: mídia livre do que?” – trata-se de um número dedicado a discutir as relações entre mídia e o ativismo contemporâneo inseridos no paradigma da convergência midiática, no qual fãs, empresas, ativistas e usuários formam redes complexas e interligadas por uma quantidade massiva de conteúdo. O processo de convergência midiática ocorrido nas últimas décadas foi impulsionado pelo estímulo à cultura da participação, tornando o consumidor capaz de produzir e circular conteúdos em qualquer plataforma. Essas mudanças passariam a abarcar também uma relação direta com o ativismo, uma vez que esses usuários utilizam de conteúdos de mídia para demandar uma participação política a respeito dos mais diversos propósitos. As práticas de fã-ativismo são um dos grandes sintomas disso, pois representa como o consumo midiático pervasivo adentra temas e questões cotidianas. Simultaneamente, o contemporâneo é também marcado pela popularização do termo midialivrismo, cuja atividade nasce em torno da crença em uma distinção considerável entre as mídias de uma maneira bem objetiva.
O termo “livre” quando aplicado aos mais diversos meios de comunicação, sempre esteve historicamente atrelado a um sentido de militância, pressupondo que essa liberação se efetiva quando a sociedade civil ou um grupo que representa seus interesses passa a dominar uma série de saberes necessários para produzir conteúdos nas mais diversas mídias. Ao contrapor essas duas perspectivas, do fã-ativista e do midialivrismo, uma série de questionamentos se tornam possíveis. Diante desse cenário, pode-se falar em mídia livre se sabemos que os ativistas fazem uso das redes sociais, plataformas de vídeo e outros dispositivos que são controlados e monitorados por grandes empresas de tecnologia? Se as práticas midialivristas, em sua maioria, se declaram contra a cooptação comercial relacionada às grandes mídias, estariam também ilesos da cooptação política? Sobretudo é necessário amplificar o debate ao pensar o que se entende hoje por mídia livre, principalmente, no que diz respeito à participação. Em um universo no qual a nova grande mídia é composta por muitos que falam para nichos cada vez mais segmentados, não seria ela uma mídia feita por militantes e para militantes?
Sobre a Revista GEMInIS:
A revista GEMInIS foi criada em 2010, quando o Grupo de Estudos sobre Mídias Interativas em Imagem e Som, coordenado pelo prof. Dr. João Carlos Massarolo e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som – PPGIS/UFSCar, completava seu terceiro ano de criação. A revista online e semestral, tem como objetivo reunir trabalhos científicos e artísticos que tratem de fenômenos próprios da convergência midiática. A publicação tem classificação Qualis B2 pela Capes, na área de Ciências Sociais Aplicadas. ISSN: 2179-1465