Ao receber a notícia de que “O Quintal dos Guerrilheiros” havia sido selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cinema de Gramado / 2006, comemorei a boa nova com um vinho argentino (aquela marca de vinho que sempre aparece nos filmes deles) e um bom charuto. Entre baforadas de euforia, lembrei-se do saudoso orientador e amigo, o professor Eduardo leone. Nas conversas regadas a uisqui em sua casa ou nos bares, ele costumava repetir para os seus pupilos mais ansiosos, entre os quais eu me incluo, uma máxima tirada do velho western: ‘os cães ladram enquanto a caravana passa’. Não sei por qual motivo, mas essa graça que ele fazia com os filmes queridos de nossa infância passada dentro das matinês de cinemas, tinha o poder de cicatrizar feridas que teimavam em permanecer abertas, proporcionando momentos raros da mais pura felicidade… hoje eu penso que ele se divertia ao dizer porque sabia que não adianta tentar ‘cercar e destruir’ aquilo que é a vida. Não deixa de ser divertido fazer os outros acreditarem que você está morto – se dito com um sorriso maroto no canto dos lábios.
Marcações: Eduardo LeoneO Quintal dos Guerrilheiro